17 de setembro de 2003

ESCOLA DA PONTE

Ouvi a notícia de relance e não relacionei o nome com a escola. Daí a brincadeira do post um bocado mais abaixo. Não o retirando, peço que o leiam como um jogo de palavras, apenas, sem consequência em termos de opinião. Na verdade, hoje em dia, desde que as televisões se lembraram de dar a voz TODA a quem faz barulho (seja lá por que for) que passamos os dias a ver os protestos mais disparatados... ao lado das desculpas mais esfarrapadas dos responsáveis em casos realmente merecedores de atenção. Daí a minha confusão.
Ouvi falar desta escola há alguns anos, precisamente quando andava apaixonado pelo estudo das novas pedagogias de aprendizagem. Experiências educativas assentes na motivação e na responsabilização dos alunos, além da harmonização das inteligências múltiplas estavam a ser feitas por todo o mundo. Por cá, havia esta escola, onde impressionava ver meninos de 9 anos sem estarem histéricos aos gritos ou esmurrarem-se para enfiar o nariz na câmara...
Foi gratificante para mim saber que havia gente a tentar.
Não conheço em detalhe o processo que está a decorrer, mas não me surpreende que um ministério orientado por pessoas que pensam que o segredo está na punição e na obrigatoriedade de ficar preso à escola até completar o 12 º ano (ou morrer de artrite) não simpatize com a iniciativa. É o contrário de tudo o que os regimes autoritários nos legaram: é o direito à escolha e ao desenvolvimento crítico. E, meus amigos, qual é o partido habituado à governação que não tem medo de um país que pensa e avalia?

Sem comentários: